
Além do homicídio triplamente qualificado, Rodrigo Marques também responderá por duas tentativas de homicídio e por lesão corporal contra sua ex-companheira.
O brutal assassinato do cantor sertanejo Gustavo Henrique Soares Caporalini, de 39 anos, no dia 25 de fevereiro de 2024, em Votuporanga/SP, caminha para seu desfecho judicial. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter a Sentença de Pronúncia que encaminha o acusado Rodrigo Marques ao Tribunal do Júri.
Além do homicídio triplamente qualificado, o agente penitenciário Rodrigo Marques, de 42 anos – à época dos fatos, também responderá por duas tentativas de homicídio e por lesão corporal contra sua ex-companheira.
O Tribunal do Júri é o órgão do Poder Judiciário responsável pelo processamento e pelo julgamento dos crimes contra a vida, onde sete jurados julgam e decidem a culpa do réu.
O assistente de acusação é o advogado votuporanguense Dr. Carlos Silvério.
Relembre o crime
O crime que abalou Votuporanga no início da tarde daquele domingo, ocorreu por volta das 13h27, no bairro Jardim Mastrocola. Segundo a denúncia do Ministério Público, Rodrigo Marques se dirigiu até a casa de Gustavo Caporalini, armado com uma pistola Taurus calibre 380, com capacidade para 15 tiros.
Na casa, onde ocorria uma confraternização com a presença de familiares e crianças, Rodrigo se apresentou à genitora da vítima como sendo o “Policial Rodrigo”, com o objetivo de convencer a mulher a chamar Gustavo à porta.
Mesmo com a tentativa de intervenção do tio da vítima, que entrou em luta corporal com Rodrigo para impedir novos disparos, o acusado conseguiu atingir Gustavo diversas vezes. Ferido e caído no chão, a vítima ainda recebeu mais tiros, caracterizando o uso de meio cruel para o homicídio.
Segundo apurado à época, em determinado momento da ação criminosa o atirador desistiu de continuar o ataque e fugiu em um Fiat/Uno. Gravemente ferido, Gustavo foi socorrido ao pronto-socorro da Santa Casa, mas não resistiu e veio a óbito às 14h18.
Já Rodrigo Marques foi preso horas mais tarde pela Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, em Campina Verde. A arma utilizada no crime foi apreendida no veículo.
A investigação da Polícia Civil de Votuporanga apontou que o acusado, antes do ataque na casa do cantor, Rodrigo teria ido à casa da ex-mulher, onde a agrediu, e inclusive, teria ameaçado a vítima colocado uma arma na cabeça dela. Em seguida, no momento em que a Polícia Militar estava na casa dela efetuando o registro da lesão corporal foram alertados sobre o homicídio.
De acordo com as investigações e a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse.
A defesa do réu, por meio do advogado votuporanguense Dr. Marcelo Leal, reservou o direito de pronunciar-se apenas no processo.
Vale ressaltar que ainda cabe recurso da decisão.
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