Caminhoneiros criticam alta do diesel e ameaçam nova paralisação 

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Foto: Reprodução/Rodolfo Buhrer

Mobilização em redes sociais ocorre após aumento de 8,9% no preço do combustível ser anunciado pela Petrobras.


Os caminhoneiros voltaram a discutir uma paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras. Em vídeos que viralizaram na rede social TikTok, os trabalhadores aparecem em postos, abastecendo seus tanques.

Em um desses vídeos, o caminhoneiro registra que o valor total na bomba ultrapassa R$ 5.500, para armazenar pouco mais de 600 litros do combustível. O litro do diesel na região de Barreiras, na Bahia, é vendido por R$ 8,24.

“Não tem condições, vou ter que fazer outro abastecimento ainda para chegar a Mato Grosso. O frete foi R$ 11 mil. Não tem condições, os caminhões vão parar. É pane seca nas rodovias”, diz o caminhoneiro. 

Em países como Canadá e Estados Unidos, o TikTok se transformou na principal ferramenta de mobilização dos caminhoneiros, que organizaram paralisações em diversas cidades. 

Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um aumento de 8,87% no preço do diesel em suas refinarias. O valor do combustível nos postos já acumula alta de 96% no governo Bolsonaro, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 

O presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão, pretende reunir representantes da classe no próximo domingo para discutir uma paralisação nacional da categoria. 

“A situação passou de todos os limites, e o diesel ainda está com o preço 10% defasado com base no preço internacional, ou seja, tem mais aumento nas bombas em breve”, afirmou a associação em carta. “O cenário é de pré-caos.” 

A associação também diz ser contra a privatização da Petrobras. “O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e não vender a PPSA e a Petrobras”, afirma a Abrava. 

*Com informações/Estadão