Tamanho do movimento ainda é incerto, uma vez que há divergência entre os sindicatos.
Caminhoneiros de todo o Brasil convocaram uma greve geral para esta quinta-feira (4.dez). O tamanho do movimento, no entanto, ainda é incerto, uma vez que há divergência entre os sindicatos que representam a categoria, com entidades temendo que a paralisação prejudique os motoristas.
A greve foi anunciada pelo representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, que, na terça-feira (2), foi ao Palácio do Planalto para protocolar uma ação referente à paralisação. Ele estava acompanhado do desembargador aposentado Sebastião Coelho, que vem incentivando o movimento.
Entre as reivindicações do setor estão a estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia do cumprimento das leis, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido.
“A gente tomou a decisão de iniciar esse processo chamando os irmãos caminhoneiros para estarem conosco trabalhando e buscando nossos objetivos, fazendo com que as leis que existem e que infelizmente não são aplicadas para a nossa categoria comecem a ser respeitadas”, disse Chicão em vídeo publicado nas redes sociais.
A expectativa, segundo ele, é que a greve vá crescendo gradualmente com a adesão de novos motoristas. A intenção é parar em mais de 40 pontos do país.
A greve tem apoio da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC). Segundo o presidente da entidade, Janderson Maçaneiro, o movimento vem ganhando força. “Tem muita gente envolvida e há muitos descontentes”, disse.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), por outro lado, afirmou que não apoia a paralisação, dizendo que não participou de qualquer reunião para a organização do movimento. Ressaltou, ainda, que a ação tem intuito político, visando pedir anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Nenhuma de nossas filiadas participou de qualquer reunião com o objetivo de organizar movimento paredista por parte dos transportadores autônomos em favor de anistia a golpistas e ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, condenado à prisão por golpe de Estado. Não compactuamos com movimentos de manipulação política que utilizam uma das categorias de transporte mais importantes do país para tal finalidade”, disse a entidade.





