Bruno Lima pede prisão de morador de Cardoso que matou cachorro com tiro

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O deputado estadual que é delegado de Polícia ficou nacionalmente conhecido pela defesa da causa animal. Segundo o boletim de ocorrência, pecuarista suspeito de atirar afirmou que o animal invadiu sua propriedade; após fazer os disparos, homem teria ameaçado o tutor do cachorro. Ninguém foi preso.


O deputado estadual Bruno Lima (PSL), que é delegado de Polícia e conhecido nacionalmente pela defesa da causa animal representou na Justiça pela prisão preventiva do morador de Cardoso/SP, identificado como J.E.T.M., suspeito de atirar e matar um cachorro na última segunda-feira (25).  

Segundo a representação assinada por Bruno Lima, “apurando os fatos e analisando as denúncias, verificou-se que o representado teria matado um cão a tiros, sob o argumento de que o animal teria cruzado com sua cachorra de raça. Acontece que o indivíduo além de ter ceifado a vida do animal, o fez de forma brutal e repugnante, alvejando o animal na cabeça, sem qualquer remorso, imbuído de ódio, conforme verifica-se do vídeo no qual o médico veterinário retira o projétil do crânio do animal”, explica o protetor, com imagens anexadas. 

Na petição, a qual o Diário de Votuporanga teve acesso, o deputado estadual afirma que “o crime gerou comoção nas redes sociais, não só pela sua crueldade, mas também pela omissão do Poder Público em relação a este ato repulsivo, uma vez que apesar de caracterizados os maus-tratos e o óbito do animal, não fora decretada a prisão do autor. É repugnante e lamentável a ação do tutor, não há o que se falar em pureza e bondade em relação à atitude vil deste senhor, o indivíduo matou um animal inocente sob a escusa de que o animal agredido teria cruzado com sua cadela de raça. Isto só nos faz refletir o quão banalizada está a violência e o quão mediocrizado estão os maus-tratos”. 

O delegado de Polícia leva em apreciação da Promotora de Justiça da 17ª Circunscrição Judiciária de Cardoso, que “nestes termos, e levando-se em consideração a garantia da ordem pública e a segurança do tutor do animal, é imperioso que o Parquet represente pela prisão preventiva do autor dos fatos, conforme art. 312 do Código de Processo Penal. Dito isto, é nosso dever como cidadãos empenhar-mo-nos em reverter esta visão obsoleta, vil e rasteira que as pessoas têm quando se referem a animais de estimação”, pede Lima.

Foto: reprodução

Relembre o caso

Segundo informações do boletim de ocorrência, o tutor do animal, de 25 anos, contou à polícia que horas antes do crime recebeu uma ligação do suspeito, um pecuarista de 43 anos, informando que o cachorro estava em sua propriedade. Em seguida, um funcionário do dono do cão foi até o imóvel para buscar o animal quando teve a passagem impedida pelo pecuarista, que passou a exibir uma arma de fogo. 

Ainda conforme o B.O., o funcionário voltou à propriedade do tutor e, minutos depois, encontrou o cachorro em uma fazenda. O animal foi colocado na caçamba do veículo quando, no caminho, o pecuarista abordou o veículo e atirou contra a cabeça do cão. 

Após o crime, o homem ainda teria feito ameaças à vítima, por meio do funcionário. O caso foi registrado como ameaça e prática de abuso a animais. Ninguém foi preso.