Atlas/Bloomberg: governo Lula é ruim para 51,2%; 41,6%, acham bom 

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Atlas/Bloomberg: governo Lula é ruim para 51,2%; 41,6%, acham bom – Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

Levantamento feito pela AtlasIntel mostrou que a avaliação do governo federal se manteve estável.


A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supera a positiva, de acordo com a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira (8.jul). O levantamento mostra que 51,2% dos entrevistados acham a terceira administração do petista ruim ou péssima, enquanto 41,6% consideram ótima ou boa. Os que consideram regular são 7,2%. Não sabe foi de 0,0%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O índice teve uma leve oscilação se comparado ao último levantamento, em maio. Ruim ou péssimo caiu 0,9 ponto percentual. Ótimo ou bom caiu 0,3. Regular, por sua vez, cresceu 1,2.

Como você avalia o governo do presidente Lula? Ruim/péssimo: 51,2% (52,1% em maio) Ótimo/bom: 41,6% (41,9% em maio) Regular: 7,2% (6% em maio) Não sei: 0,0% 

Questionados sobre os maiores acertos desta gestão do petista, os entrevistados destacaram a “gratuidade para todos os medicamentos e itens do Farmácia Popular”, além da “isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal abaixo de 5 mil reais” como os principais. Entre os maiores erros, está o “imposto sobre compras de até 50 dólares (cerca de 300 reais) em sites do exterior” e a “cota de emprego para detentos em regime semiaberto/ex-detentos em licitações públicas”.

A pesquisa foi feita pela Latam Pulse, uma iniciativa entre AtlasIntel e Bloomberg, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica de cinco países-chave da América Latina: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México.

Disputa eleitoral em 2026 

Em um cenário hipotético de primeiro turno em 2026 com os mesmos candidatos de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contabiliza 46% das intenções de voto e aparece empatado tecnicamente com o Lula, com vantagem de 1,6 pontos percentuais sobre o petista, que tem 44,4%. A diferença entre os dois, no entanto, é inferior aos 2,8 pontos contabilizados no mês passado. 

Sem Bolsonaro na simulação do primeiro turno, Lula registra 44,6% e sai na frente de outras opções da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem 34%. Nesse cenário, alternativas como Pablo Marçal (PRTB) e os governadores Romeu Zema (Novo), Ratinho Júnior (PSD), Ronaldo Caiado (União) e Eduardo Leite (PSD) contabilizam individualmente menos de 5%. 

Já em um terceiro cenário, sem Bolsonaro e Tarcísio, o desempenho mais alto da direita fica a cargo da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), que teria 30,4%. Ela, no entanto, fica atrás de Lula, que contabilizaria 45% das intenções de voto. 

A pesquisa ouviu 2.621 entre entrevistados entre os dias 27 e 30 de junho, por recrutamento digital aleatório, e tem o nível de confiança em 95%. O estudo se propõe a fornecer uma análise precisa das dinâmicas políticas no Brasil e em outros cinco países da América Latina. No Brasil, o estudo integra um conjunto de indicadores que inclui índices de aprovação presidencial, polarização política e risco social.