Na manhã de ontem (12) o salão de eventos do Centro Social de Votuporanga foi palco de uma ação que envolveu os menores assistidos pela entidade, além deles mesmos terem preparado Café que foi servido aos presentes, ainda foram brindados por palestras dos empresários Euclides Facchini Filho (Facchini Carrocerias) e de José Francisco dos Santos (rede Porecatu).
Estiveram presentes no evento. o promotor de Justiça da Comarca de José Vieira da Costa Neto, o deputado estadual Carlão Pignatari, o prefeito Jorge Seba, a primeira Dama Rose Seba, do presidente da Câmara, Daniel David; vice-prefeito Cabo Valter, vereadores, secretários municipais, além da presidente da entidade, Eliete Aparecida Guilherme da Silva, da sua diretoria e de todos os colaboradores do Centro Social.
O Promotor José Vieira disse em seu pronunciamento, exaltou a atuação do Centro Social na formação de bons cidadãos, pessoas que se transformarão em gente do bem no futuro, quem sabe, até em futuros empresários. O promotor pediu ainda aos empresários que estavam presentes para investirem nossos jovens do Centro Social.
Para falar sobre a legalidade do programa (Jovem Aprendiz) o contabilista Alicio Simioli esclareceu que apenas as grandes empresas são obrigadas a manter 5% em seus quadros de funcionários de vagas para menores, já as pequenas, segundo ele, não são obrigadas, mas podem usufruir de muitos benefícios, como o da liberação do registro funcional.
O Ponto alto do evento foram as palestras dos empresários. Eles tiveram 30 minutos cada para falarem para os jovens sobre suas experiências. Euclides Facchini disse que atualmente sua empresa emprega 6 mil funcionários e desses 5%, são vagas destinadas as menores aprendizes o que totaliza 300 empregos diretos. Euclides disse ainda que entre seus colaboradores existem aproximadamente 25 deles, que entraram na empresa como “guardinhas” e hoje são gerentes em filiais de todo o Brasil.
O empresário dono da rede Porecatu, José Francisco dos Santos, contou sua experiência de vida desde que era criança e cortava cana numa fazenda no município de Porecatu, no estado do Paraná. Aos 17 anos foi para São Paulo e trabalhou no comércio, manutenção de máquinas, foi mascate (vendia roupas nas portas das fábricas), além de ter trabalhado num mercado. Ele conta que, ainda bem jovem, comprou um pequeno mercado em São Paulo, disse que a empresa era bem pequena, 10 x 10 metros. Batizado de Porecatu em homenagem a sua terra natal, “Seo Zé” conta que na época o bairro era muito violento e com muitos assaltos e num desses, chegou a levar 12 tiros de revolver a uma distância de 1,5 metro e apenas uma bala o atingiu na mão esquerda. Daquele dia em diante disse que não ficaria mais em São Paulo. Tentou voltar para Porecatu com um novo Mercado, não deu certo, segundo ele, por vontade de Deus. Foi para São Paulo, montou uma loja maior, ficou por mais dois anos e após esse período veio para Votuporanga e comprou o mercado Amazonas, na Santa Luzia.
Ele conta com orgulho que hoje tem 2 mil funcionários, que emprega 5% de menores aprendizes e frisa que o sol nasceu pra todos, mas a sombra só para alguns. Em sua rede disse que existem funcionários que chegam a receber até R$30 mil mensais e muitos deles começaram como guardinhas e hoje são chefes de famílias e possuem de 4 e 5 casas de alugueis.
Para finalizar, José do Porecatu como é conhecido, disse que hoje realiza um sonho, uma loja em Rio Preto, a sétima daquela cidade e que está sendo erguida na Zona Norte numa construção de três andares.
Após as palestras dos empresários, foi projetado num telão um vídeo produzido pelos menores, onde eles explicam a importância do projeto em suas vidas.