Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, estaria de folga do trabalho, mas mensagem recebida por amiga dizia que ‘serviço estava corrido’. Namorado da vítima é apontado como principal suspeito do crime e foi preso no sábado (19), em Rio Preto.
Antes de desaparecer, uma mensagem da médica encontrada morta dentro de uma mala fez com que a amiga acionasse a Polícia Militar. O crime foi descoberto pela polícia no fim da tarde da última sexta-feira (18.ago), em São José do Rio Preto/SP.
Segundo o boletim de ocorrência, a pedido da mãe de Thallita da Cruz Fernandes, a amiga enviou uma mensagem à médica de 28 anos pelo WhatsApp.
À Polícia Civil, a testemunha disse que sabia que a amiga estaria de folga do trabalho, mas a resposta foi que “não poderia falar mais, pois o dia de serviço dela estava muito corrido (sic).”
Depois, Thallita não respondeu às mensagens, e a amiga optou por acionar a PM, ainda de acordo com o registro policial.
O porteiro do prédio localizado na Rua Coronel Spínola de Castro informou à polícia que a médica não havia saído. Ao verificar o apartamento, a equipe da PM encontrou a vítima morta, nua e dentro da mala que estava na lavanderia.
A vítima estava com muitos ferimentos no rosto provocados por faca e a perícia apontou que ela morreu por hemorragia aguda. Thallita foi enterrada no Cemitério São Pedro, localizado no bairro Vila Alpina, em São Paulo, às 13h de domingo (20).
Pelas câmeras de segurança, a polícia pôde constatar que o namorado, Davi Izaque Martins Silva, com quem mantinha um relacionamento há cerca de dois anos, foi o último a entrar e deixar o apartamento.
A Justiça emitiu um mandado de prisão temporária contra o suspeito de 26 anos, que foi preso pelo Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) na noite de sábado (19), na casa da mãe dele. A polícia informou que o suspeito chegou a deixar a cidade após o crime, com destino a Olímpia/SP, mas acabou retornando.
Segundo a Polícia Militar, quando foi preso, Davi disse que havia brigado com Thallita. Porém, ele contou ainda que teve um lapso de memória e, por isso, não se lembrava dos detalhes.
A Divisão Especializada de Investigação Criminal (Deic) investigar o caso.
Homenagens
Em nota, a Famerp lamentou a morte da aluna: “Com pesar, a Diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna da turma 49, Thallita Fernandes. Sua partida prematura nos entristece. Nossos sentimentos aos familiares e amigos e colegas neste momento de tristeza e consternação.”
Também em nota, a Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme) desejou condolências aos familiares e amigos.
“Em nome de todos seus diretores, corpo clínico e colaboradores, o Complexo Funfarme manifesta profundo pesar pela morte da médica Thallita da Cruz Fernandes. Formada em 2021 pela Famerp, Thallita atuou para melhor atendimento de centenas de pacientes. A Funfarme manifesta suas condolências à amigos e familiares”, diz a nota.
A Prefeitura de Bady Bassitt lamentou a morte da médica via redes sociais: “É com imenso pesar que a Prefeitura Municipal de Bady Bassitt recebe a lamentável notícia do falecimento da médica Thalitta da Cruz Fernandes, plantonista na UBS de nossa cidade. Respeitada por todos e admirada pelo profissionalismo, amizade, integridade e pela maestria ao cuidar da população, Dra. Thalitta deixa um legado incontestável e de relevância fundamental para a Saúde do Município.”
*Com informações do g1