Laudo apontou que criança teve hemorragia interna aguda, trauma abdominal e laceração no fígado. Mãe e padrasto da vítima foram presos temporariamente por homicídio qualificado; caso foi registrado em Penápolis/SP.
O advogado de defesa do casal preso por suspeita de matar a bebê de 1 ano e 3 meses em Penápolis/SP alega inocência dos investigados. Na segunda-feira (21.fev), um laudo apontou que a menina teve hemorragia interna aguda, trauma abdominal e laceração no fígado.
Segundo o advogado Lennon Marcus, a inocência da mãe e do padrasto da bebê será comprovada no decorrer da investigação e a partir de provas.
“Não serão poupados esforços para a defesa da inocência dos investigados, assim como serão adotadas todas as devidas providências de responsabilização daqueles que macularam a honra dos mesmos, por calúnias, injúrias, difamações, ou autopromoções”, diz um trecho da nota enviada pelo advogado.
No último sábado (19), a Polícia Civil prendeu a mãe e o padrasto da bebê por suspeita de homicídio qualificado. Os dois se apresentaram junto dos advogados na delegacia de Araçatuba/SP e deram a entender que a criança tinha caído de um berço. Posteriormente, alegaram que a bebê fazia tratamento para anemia.
Horas antes da prisão da mãe e do padrasto, o pai biológico da criança e moradores de Promissão e Penápolis fizeram um protesto pacífico.
O caso veio à tona no dia 14 de fevereiro, quando a médica do pronto-socorro notou que a vítima apresentava rigidez cadavérica, marcas roxas pelo corpo e dilaceração do ânus.
A profissional decidiu acionar a Polícia Militar após notar as supostas marcas de violência física e sexual.
Com o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML), a delegada da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis, Thaisa da Silva Borges, afirma que acredita que a laceração no fígado da vítima foi provocada por um instrumento contundente.
“Poderia ser em virtude de agressões provocadas pelos próprios investigados. Eu que acredito que seja isso”, diz.
Conforme a delegada, o resultado do exame que vai apontar se a criança foi realmente vítima de violência sexual ainda não saiu, mas a previsão é de que fique pronto dentro de 30 dias.
“Não posso afirmar, com a devida certeza, se houve abuso sexual. Essa conjectura foi levantada em virtude da ficha de atendimento médico do pronto-socorro. Em virtude disso, foram colhidos materiais biológicos e encaminhados para a Polícia Científica de São Paulo, e o laudo, definitivo, não chegou.”
Indícios de violência
A vítima deu entrada no pronto-socorro de Penápolis sem vida no último dia 14 de fevereiro. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou ao local com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.
Ainda conforme o registro, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido. Ambos alegaram que colocaram a criança para dormir no dia 13 de fevereiro e perceberam que a menina estava morta somente na manhã do dia seguinte.
A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao hospital, acionou a Polícia Militar após notar os sinais e suspeitar da versão apresentada pela mãe.
O policial que atendeu a ocorrência conversou com o Conselho Tutelar e descobriu que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis segue investigando o caso.
*Informações/g1