Segundo o adestrador Alex Verissimo, de Sorocaba/SP, cada atividade do treinamento deve ser aplicada respeitando as necessidades e a saúde de cada animal.
Há quem diga que os cães fazem parte da família. E, da mesma forma que cuidamos e levamos os filhos para a escola, os animais, de certa forma, também podem ir para o adestramento.
Adestrar um cão vai muito além de ensinar a se sentar, rolar e dar a patinha. Segundo os especialistas, o processo contribui para a socialização do animal e para deixá-lo menos estressado.
O adestrador de Sorocaba/SP, Alex Verissimo, de 32 anos, explica que o trabalho de ensinar o cão inclui exercícios de obediência, como sentar, deitar, ficar, truques, socialização, educação em filhotes, treinamento para guarda e agility.
Além de ajudar o dono a ter maior controle sobre o pet, essas técnicas também contribuem para a saúde física e mental do animal, conforme Alex.
“Cada atividade deve ser aplicada respeitando as necessidades e a saúde de cada cão. Com isso, há, sim, uma diminuição de estresse e ansiedade, independente da idade do animal”, comenta o adestrador.
O dono da rottweiler Hanna, Orlando Pandolfi, morador de Sorocaba, contou o motivo de ter escolhido os treinamentos para a cadela.
“A Hanna sempre foi muito medrosa, se assustava com tudo, e eu não conseguia me comunicar com ela. A partir disso, eu achei que seria importante para ter mais controle”, conta.
Orlando viu na prática essa mudança e conta que o animal evoluiu positivamente. Mesmo tendo um ano e três meses e sendo muito dócil, Hanna assusta muitas pessoas por conta da raça e o adestramento tem sido muito importante para eles.
A rottweiler está no seu quarto mês de adestramento e Orlando a visita uma vez por semana. A cada vez que se encontram, surge uma novidade.
“Eu fico bobo de ver. Cada vez ela aprendeu uma coisa nova e eu aprendo junto. Foi muito importante também para a socialização com as irmãs que adotei para a Hanna.”
Além de Hanna, a família de Orlando conta com mais duas integrantes caninas: a Filó, de nove anos, e a Phoebe, de quatro anos. Ambas foram adotadas para que a rottweiler não ficasse sozinha e também estão sendo adestradas. A dupla está no segundo mês de treinamento e também já teve progresso.
“As três já ficam juntam, são amigas e já entenderam que são do mesmo grupo, que pertencem à mesma família”, conta Orlando.
O dono está ansioso para que todas voltem para casa e para que ele possa aplicar os ensinamentos com elas a cada dia.
“A partir do momento que o cão chega à casa, já se inicia um adestramento, que é feito pelo próprio dono. É a educação e a adaptação do cão ao novo lar. O dono precisa ensinar regras de convívio e criar limites para o cão”, explica o adestrador.
O tempo de adestramento é variável e depende de alguns fatores, como a capacidade de aprendizagem do cão, o conhecimento e a experiência do treinador, a estrutura dos materiais e da escola de adestramento e a dedicação e o comprometimento do dono em cumprir as orientações do adestrador.
*Com informações do MundoPet/g1