Neurologista do Austa Hospital alerta que, embora associada a idosos, esclerose múltipla é mais diagnosticada entre adultos jovens.
Esclerose é uma doença geralmente associada à idade avançada pela grande maioria das pessoas. Ledo engano. No Brasil, a idade média das pessoas diagnosticadas com esta doença é de 35 anos. Para derrubar mitos como este e trazer luz para esta doença neurológica é que 30 de maio foi definido como o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. Cerca de 40 mil pessoas são acometidas pela doença, por ano, no país, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).
Entre os jovens adultos que têm esta doença três são as atrizes famosas, Claudia Rodrigues (a Marinete na série “A Diarista”), Guta Stresser (a Bebel em “A Grande Família”) e Ana Beatriz Nogueira (de novelas como “O rei do gado”, “Caminho das Índias” e “Malhação: Vidas Brasileiras”).
“Conhecer a doença e seus sintomas é fundamental para que o diagnóstico ocorra o mais cedo possível, alerta a neurologista Marina Mamede, do Austa Hospital. “Existem várias doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da esclerose múltipla. Por isso, ao constatar um sintoma, deve-se procurar o neurologista o mais breve possível”, orienta a médica.
Além da análise da vida do paciente e da avaliação criteriosa, o neurologista dispõe de vários recursos diagnósticos, como exames como a ressonância magnética e laboratoriais para concluir se o paciente tem ou não esclerose múltipla. Estes recursos estão disponíveis, por exemplo, em centros médicos como o Austa Hospital e o Austa Medicina Diagnóstica.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.
Ela não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas como, por exemplo, fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.
O desconhecimento sobre a causa da doença, no entanto, não foi obstáculo para o desenvolvimento de vários tipos de tratamento. “Se não temos como atuar sobre a causa, com o tratamento buscamos ao menos reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos e contribuir para minimizar ao máximo a incapacidade durante a vida do paciente. O mais importante é proporcionar qualidade de vida ao paciente”, afirma Dra. Marina.
Como são vários os sintomas, o arsenal de medicamentos também é enorme. São imunomoduladores, imunossupressores, corticoides, interferons e anticorpos monoclonais, entre muitos outros.
O tratamento, no entanto, não se resume a medicamentos. Ao lado do neurologista, atuam outros profissionais, como psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, entre outros.
Todos integrados visam reduzir a espasticidade, espasmo, fadiga, depressão, entre diversos outros sintomas, e promover a adaptação e recuperação do paciente, quando possível, e prevenir complicações como deformidades ósseas.