Vivemos numa constante busca por aceitação. Desde a infância, somos imbuídas de um desejo de amor pleno. Somos educadas ouvindo contos de fadas, com princesas e príncipes encantados que enfrentam vários obstáculos para estarem juntos e viverem seus finais felizes.
Que menina nunca sonhou em ser a Bela Adormecida esperando um beijo lindo e suave que a acordasse das trevas e a conduzisse à luz, ao lado de um belo e romântico rapaz que estava disposto a tudo (até aguentar um bafo de anos) para tê-la em seus braços.
Aí crescemos…
Somos expurgadas do mundo mágico e jogadas à realidade nua e crua da vida. Meninas são cobradas, desde muito cedo, a terem maturidade. Uma situação que contrasta com as histórias infantis e, do nada, se veem de frente com a jaula dos leões.
A realidade para a mulher, neste mundo em que vivemos, está cada vez mais difícil. Não que antes não o fosse, mas hoje sabemos de tudo. Estamos conectados 24 horas por dia, a nível global, e nos deparamos com inúmeras notícias relacionadas a abusos, traições, agressões e ofensas.
Ao abrir um jornal ou uma página de notícia, ou até redes sociais, são inúmeros os casos estarrecedores. Menina é agredida por causa de suas características físicas e ridicularizada perante os outros. Moça é violentada por quem deveria ser exemplo aos mais jovens – o homem sai pela porta da frente após pagar fiança. Esses são apenas alguns exemplos. Longe de mim fazer juízo de valor ou julgar quem quer que seja, mas que é impossível não falar da situação da mulher no mês das mulheres, ah, isso é!
Saímos de um conto de fadas para uma realidade cruel.
Mulheres, hoje, somam maioria na chefia de seus lares no Brasil. Isso significa que a outra parte dessa equação está sendo insuficiente no quesito responsabilidade familiar.
Mulheres estão, estatisticamente, a frente nas pesquisas por síndrome de Burnout, haja vista que acumulam as cobranças profissionais, à falta de reconhecimento e compatibilidade remuneratória e de evolução profissional, aliadas aos afazeres domésticos.
A violência não se limita ao campo físico, mas também emocional e psicológico. Essa é uma realidade que precisa ser mudada. E isso só acontecerá com representatividade feminina na sociedade como um todo.
E para iniciar essa mudança, é necessário que ela comece em casa, na família, através de exemplos práticos e diários.
Quando o marido acolhe sua esposa, ele demonstra ao filho como é proteger e à filha como é ser protegida. Ele demonstra como é que se deve tratar uma mulher, como uma rainha.
Quando um pai acolhe sua filha, mostra que ela não pode aceitar nada menos do que recebe em seu lar. Ele demonstra como uma mulher deve ser tratada, como uma princesa.
Quando o homem respeita a mulher. Ela aprende a não aceitar desrespeito, ofensas ou maltrato, e, principalmente, estabelecer uma relação de igualdade e de autovalorização.
E a mulher?
Quando se depara com um pai, um marido e um homem, como os citados acima, ela descobre como é um príncipe de verdade.
Alexandra A.S. Fernandes: Graduada em Letras – Português/Espanhol pela UNIP. Pós-graduada em Metodologia de Ensino das Línguas Portuguesa e Espanhola pela UCAM. Autora do livro – Autismo – Ensinar aprendendo e aprender ensinando. Diretora Social e Acadêmica da ACILBRAS. Funcionária pública e Professora de Análise Linguística do Piconzé Anglo e HF Cursos Jurídicos. Escritora, Terapeuta Integrativa, Astróloga e Artesã. Redes sociais: Instagram @profa_alexandra e @aora_terapias; Youtube Profa. Alexandra – Tirando dúvidas de português