NENHUM CNPJ VALE MAIS QUE UM CPF…
Um empreendedor chegou de manhã na praia e encontrou um pescador na rede.
Começaram a conversar, o pescador contou que já tinha pescado o suficiente e ficaria ali na rede de folga.
O empreendedor inconformado disse: “Se você pescasse o dia todo, ganharia mais, poderia contratar funcionários, vender nos mercados, ir aumentando, aumentando, em alguns anos poderia ter uma grande distribuidora de peixes, ser rico.”
O pescador pensou: “Rico para que?”
Ele respondeu: “Aí você pode até parar de trabalhar, outros vão trabalhar pra você, e você poderia ficar aqui contemplando o mar.”
Ele respondeu: “Uai, mas isso é o que estou fazendo agora.”
Olha, no mundo capitalista se gasta saúde para ganhar dinheiro e se gasta dinheiro para ganhar a saúde.
Reveja sua relação com seu trabalho, pode ter certeza, nenhum CNPJ vale mais que um CPF.
PERDOAR NÃO É…
Você identifica as coisas mais pelo que elas são, ou pelo que não são?
Estou dizendo isso, porque normalmente se fala sobre o que é perdão, mas não se fala sobre o que não é perdão, e isso pode confundir e fazer você imaginar que é perdão quando não é.
Perdoar não é esquecer, aliás não se pode esquecer, senão você perde o aprendizado que a dor que exigiu o perdão lhe proporcionou.
Perdoar não é concordar com o que fizeram com você, e nem sempre é renunciar à justiça. Não é esperar que a pessoa a ser perdoada reconheça o erro. Também não é esperar que a outra pessoa te perdoe caso você também tenha magoado ela.
E por fim, definitivamente perdão não é sentimento, perdão é decisão, e só tem sentido se o ser perdoado não merece.
CUIDADO COM O HOMEM DA COBRA
Quem já não ouviu aqueles ditados do tipo: “Fulano fala mais que o homem da cobra, quem fala muito dá bom dia a cavalo.”
Esses ditados nos sugerem prudência ao falar.
Esses dias ouvi em casa, o pessoal estava comentando que meu sobrinho já estava aprendendo a falar.
Será?
Sinceramente acho bem mais fácil o ser humano aprender a andar, a tomar banho sozinho do que a falar corretamente, a gente morre, sem aprender como devemos falar.
Lógico que isso não tem nada a ver com ter um português perfeito, ou até falar outros idiomas, não.
É que se fala por falar, se faz da fala, mais uma ferramenta de afirmação de consolo, de acusação, do que cura, de cumplicidade com o outro.
São Tiago diz: “Quem é capaz de refrear sua língua é capaz de refrear todo seu corpo.”
SABEDORIA É DESCOBRIR PROGRESSIVAMENTE A IGNORÂNCIA
Tem uma frase de um filósofo francês, que diz assim: “Eu daria tudo que sei, pela metade do que não sei.”
Ouvindo isso, ou a famosa “só sei que nada sei” de Sócrates, a gente pensa sobre ciência, sobre vida em outros planetas, quando na verdade, o que mais ignoramos, é sobre nós mesmos.
Olha, a verdadeira sabedoria, é a descoberta progressiva da nossa ignorância.
Se confunde saber com deduzir, e aí se elabora as teses mais absurdas né?
Gente, não saber é complicado, agora não saber que não se sabe, é trágico.
Se descubra, identifique seus limites, vá além do que o espelho te mostra, Jesus disse: “Não há nada fora do homem que entrando nele possa contaminá-lo, mas é de dentro do coração do homem que procede o mau.”
E aí se instala a convicção leviana, a soberba.
PEDRO AFUNDOU INDO
Nas casas que tratam dependentes químicos, existe uma preocupação recorrente com o que a gente chama de recaída.
Eu quero ilustrar aqui esse cair, seja para o dependente químico, ou para as nossas recaídas, com a cena de Pedro andando sobre as águas, que de repente afundou, ou seja, caiu, faltou fé, confiança, força.
Mas tem algo sutil aí, Pedro caiu quando ia de encontro a Jesus, e não na volta, porque na volta ele veio de mãos dadas com Jesus.
Como Pedro, se o nosso alvo for ir em direção a Jesus, não quer dizer que não vamos cair, mas Jesus nos levanta, porque estamos na direção certa.
Lembre-se disso então: Pedro afundou indo.
A nossa vida aqui deve ser um contínuo ir, logo, sujeito a quedas, até conseguir segurar definitivamente nas mãos do Mestre.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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