SOBRIEDADE JÁ 

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

A NORMALIZAÇÃO DO ABSURDO

Um risco que nós corremos, tanto individualmente, mas também coletividade, é o que eu chamo da “Normalização do Absurdo”. 

Sei que o absurdo pode até ser relativizado de acordo com opiniões, mas muitas coisas consideradas inaceitáveis até irracional, passam a ser normal, com a constante exposição de seus conteúdos, e coisas que desafiam a lógica, e o senso de realidade, se tornam normal. 

Situações bizarras vão se tornando parte do cotidiano, perdendo até seu impacto moral. 

Mas num momento em que se busca liberdade a todo custo, uma boa ideia de liberdade é justamente defender seu perfil de personalidade moral e ética, se posicionar. 

Não pense que a normalização do absurdo é inevitável, se posicione, defenda seus princípios, independente de tendências, e quando alguém argumentar: “Ah o mundo todo faz.” Responda com uma frase do evangelho de São João: “Não somos todo mundo, não somos desse mundo.”

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL

Se Jesus disse que nenhuma folha cai de uma árvore sem um propósito, e essa afirmação enfatiza a soberania divina sobre todas as coisas, inclusive nos detalhes tidos como insignificantes, como cair uma folha, imagina uma vida humana, não existe possibilidade alguma de você ter sido criada sem um propósito.

A sensação que tenho, é que cada um de nós temos como que, um recado de Deus para dar ao mundo, algo que só nós podemos falar e fazer, e caso a gente não faça, vai ficar sem fazer, como se o universo fosse um enorme quebra cabeça, e que cada um de nós trouxemos uma peça única, que é nossa missão, que nos faz únicos, insubstituíveis, não viemos apenas para sobreviver.

Cuidado com a sua omissão, naquilo que é seu como missão, se você não fizer, o mundo vai sentir falta.

DINHEIRO, UM BOM SERVO, MAS UM PÉSSIMO SENHOR 

Dizem que, correr atrás do dinheiro buscando a felicidade é a mesma coisa de tentar matar a sede tomando a água salgada do mar, quanto mais você bebe com mais cede fica. 

A relação do homem com o dinheiro sempre foi instável, tanto na falta como no excesso, as pessoas o veem como um senhor, quando deveriam ter como servo. 

Aliás, dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo senhor, acho até que já disse aqui: “Desejo que você tenha dinheiro, mas que saiba quem manda em quem.” 

Porque se alguém acredita que o dinheiro lhe dará tudo, provavelmente faça tudo por dinheiro, e o perigo está nesse tudo. 

Pode ter certeza, ninguém, mas ninguém mesmo, se tornou rico de verdade, só com dinheiro, porque a busca desenfreada por ele, tem um preço alto, custa caro demais.

QUEM NÃO SABE AONDE VAI, NÃO PERCEBE QUANDO CHEGA 

Imagina você se encontrando comigo, na rua, e eu te pergunto: “Fulano eu estou indo para o lado certo?” O que você iria me responder? 

Claro que você me responderia com uma outra pergunta: “Onde você está querendo ir?” 

Agora se eu tiver o endereço na mão, você pode até me dizer se está certo ou não. 

Acontece que, tem muita gente andando pela vida, sem saber aonde quer chegar. E aí? Nenhum lugar serve, ou pior ainda, qualquer lugar pode servir. 

Olha, todo mundo caminha procurando felicidade, seja na direção certa ou errada, todo mundo quer ser feliz.  

Mas sem a convicção do destino, a gente acaba até chegando, mas já programa um novo destino, porque aquele lugar não era exatamente o que a gente imaginava.  

Saiba exatamente para onde quer ir, todos destinos trazem consequências.

O QUE JESUS FARIA SE ESTIVESSE NO SEU LUGAR? 

Uma pergunta te ajudaria muito, nas dúvidas, indecisões, e com certeza você não erraria se fizesse essa pergunta antes: “O que Jesus faria se estivesse em meu lugar?” 

Às vezes preferimos não fazer essa pergunta, porque não queremos fazer como Jesus faria, mas como nós queremos fazer. 

Isso é desobediência. 

A evidência de que a palavra te transformou, a evidência de que a graça operou mesmo em você, e que você creu, é obedecer. 

Desculpe, mas é incompatível um cristão desobediente, a fé é a causa, a obediência a consequência. 

Fazer o que Jesus faria é obedecer, e o Padre Zezinho resumiu num refrão de uma de suas músicas a consequência dessa obediência, ele compôs assim: “Amar como Jesus amou, sonhar, viver, sentir, sorrir como Jesus sorria, ao chegar ao fim do dia, eu sei que eu dormiria muito mais feliz.” 

Por Carlinhos Marques 

Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já” 

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