SEJA BEM ENGRAÇADO
A graça divina é normalmente associada às bênçãos, a favores de Deus.
Mas quero fazer uma brincadeira com palavras, para dizer de forma séria, que uma pessoa cheia da graça divina, é uma pessoa engraçada.
Não estou falando só do humor, mas também é.
Uma pessoa cheia da graça divina, é alegre, alegra os outros, vê o lado mais leve da vida, faz de momentos comuns, momentos cheios de graça.
Você se acha engraçado?
Tem uma mulher que ouviu de um anjo: “Tu és cheia de graça!”
Maria a mulher escolhida por ser cheia de graça, e cheia de graça por ter sido escolhida.
E quem não gosta de ficar perto de alguém cheio de graça, de alguém engraçado?
Se abra para o bom humor, mas se abra principalmente para a graça divina, isso te fará uma pessoa engraçada por completo.
A VAIDADE DA SANTIDADE
Pessoas que buscam santidade, muitas vezes se perdem na vaidade desta suposta santidade.
Se dedicar às virtudes, viver uma vida exemplar, ter conexão profunda com Deus, é louvável.
No entanto, é importante questionarmos até que ponto essa busca pela santidade está contaminada pela vaidade, um desejo de ser notado e admirado por isso.
Esse tipo de vaidade, se manifesta de diferentes maneiras. Pode ser através da ostentação de práticas religiosas, de exibir publicamente atos de caridade, realizar rituais com o intuito de impressionar os outros.
Os vaidosos pela sua suposta santidade, se julgam superior aos outros, e condenam aqueles que não são iguais.
A vaidade da santidade é uma hipocrisia.
Se vigie, não deixe que a vaidade atrapalhe seu verdadeiro interesse pela santidade.
Ah só para lembrar, a mão direta não precisa saber o que a esquerda faz.
VOCÊ FALA PORQUE TEM ALGO A DIZER, OU POR QUE QUER DIZER ALGO?
Existem diferentes motivos pelos quais as pessoas sentem a necessidade de falar.
Uns falam, porque realmente tem algo a falar, outros falam simplesmente porque querem falar algo.
Os que só querem falar algo, falam simplesmente porque querem ser ouvidos, participar do assunto da roda.
Precisamos falar quando realmente temos algo a dizer, quando temos informações relevantes, entendimento sobre o assunto, a nossa fala tem que contribuir para enriquecer o debate.
Falar só para ser ouvido, por uma necessidade de aceitação, ou de se conectar com o grupo, pode ser só uma busca de se validar a presença no meio da roda.
Todos têm direito de expressão, mas ao abrir a boca, nossas palavras impactam pessoas.
Jesus usou as palavras e anunciou o amor, Jesus o verbo encarnado trouxe a verdade, que nosso verbo, seja também uma encarnação da verdade de Jesus.
ATRAVESSAR O MAR VERMELHO NADANDO…
É impressionante nossa insegurança diante dos convites que Deus nos faz.
Parecido com o povo hebreu, perdido no deserto, andava em círculos, simplesmente por preferir ignorar a rota certa.
No Êxodo, eram cerca de 2 milhões de pessoas buscando liberdade, mas as dúvidas, a falta de fé, atrasou a chegada deles a terra prometida.
Aliás, é bem provável que ali, diante do mar vermelho aberto a frente deles, alguns preferiram não se arriscar.
Parecido com a gente hoje, temos medo de entrar mar adentro, o barulho das ondas, a própria insegurança de que, por quanto tempo as águas vão ficar afastadas, faz a gente duvidar dos convites que Deus nos faz.
Confiamos mais em nossos limites, do que na providência divina, e pasme diante do mar vermelho aberto por Deus a nossa frente, preferimos arriscar e atravessar nadando.
A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
A teologia da prosperidade é no mínimo controversa, é que ela enfatiza a ideia de que a fé em Deus leva à prosperidade financeira.
Quem defende essa linha, acredita que, a fé nas promessas divinas, serão recompensados com bênçãos materiais, e citam versículos bíblicos isolados para justificarem.
Na verdade, ela distorce o verdadeiro propósito da fé cristã, porque coloca foco nas riquezas materiais e deixa de lado questões como caridade, justiça social e a busca pela santidade.
A ideia de que a fé em Deus automaticamente leva à prosperidade, acaba inclusive julgando, como que dizendo, que os que não são prósperos, é porque não tem fé, ou pior, estão sendo punidos por seus pecados, será?
Não é questão de se viver na miséria, mas é bom lembrar que Jesus disse, não ter lugar nem onde recostar a cabeça.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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