DEUS É TUDO QUE O ATEU GOSTARIA QUE EXISTISSE
No fundo, Deus é o que todo ateu gostaria que existisse, mas existe né?
Tanto que alguns ateus dizem: “Acreditar eu não acredito, mas que existe, existe.”
Acontece que, quando nós acreditamos ou criamos deuses convenientes, desconfiguramos o Deus de verdade.
E veja o equívoco, algumas crenças, chamam Deus de: “Ser superior”, sinceramente não gosto desse termo, ser superior em relação a que? A quem?
Existem muitos superiores, o próprio demônio por suas faculdades angelicais, é ser superior, derrotado, mas superior.
Não dá para chamar alguém de deus só por ele ser superior.
Os israelitas eram donos de criarem deuses, o que não mudou muito hoje.
Mas Deus mandou Moisés dizer àquele povo, e dizer a nós, hoje: “Eu sou Aquele que Sou.”, e esse eu sou, nos diz: “Eu existo, sou Aquele que existe, O acima de todos seus deuses.”
O PONTO FINAL PODE ESTAR ERRADO
Sinceramente eu imagino que a gente é analfabeto na gramática da vida, vou te explicar.
A gente coloca muito ponto final em circunstâncias que teriam que ser uma vírgula, um continuar.
Um outro ponto, extremamente delicado se usado de forma errada, é o de interrogação, a gente enche “os textos da nossa vida” de interrogações desnecessárias, e mesmo que tenha resposta insiste em perguntar de novo.
E, você já pensou no tamanho do prejuízo que é colocar outra pontuação, onde deveria ser reticências?
Aqueles três pontinhos que fazem pensar, até sonhar…
Nenhum ponto final intrometido, nenhum erro pode substituir sua vírgula, sua exclamação suas reticências e impedir que sua história continue.
Então, vou pedir licença a língua portuguesa, e criar um verbo para essa minha última frase aqui: “A vida é um viver virgulando, nem a morte é um ponto final…”
SE BEBER NÃO DIRIJA
Algumas pessoas, tem me pedido para falar mais sobre esses meus quase 20 anos, trabalhando com recuperação e prevenção ao uso de drogas.
Tem muito para ser dito, mas esses dias fiz uma fala sobre um detalhe sutil utilizado nas propagandas, de bebida.
Para mim, soa como uma meia culpa do fabricante, no final das propagandas, quando aparece: “Se beber, não dirija.”
Uma afirmação lógica, mas com uma mensagem subliminar que pode incentivar o consumo de bebida, principalmente a menores de idade.
Por quê?
Vamos lá. Menores de 18 anos não dirigem, logo, isso pode deixar subentendido aos menores: “Bom, como eu não dirijo, logo posso beber.”
Não pense que é exagero meu, precisa ficar claro.
Sejam às drogas, sejam às bebidas alcoólicas, são mercadorias, e como toda mercadoria precisam ser vendidas, e para isso, não tenha dúvida, vale toda estratégia dos vendedores.
VOCÊ E O DINHEIRO, QUEM MANDA EM QUEM?
A gente precisa entender que o conceito de liberdade, ela vai além do querer fazer alguma coisa, e fazer.
Se ajoelhar diante dos seus desejos, não te faz livres em relação a eles.
Se você quer comprar algo, mas não tem dinheiro, não dá para dizer que foi livre não comprando, diferente de quem tem condição de comprar e não compra, esse sim foi livre pra decidir.
Jesus chamou o dinheiro de senhor, e deixou claro a impossibilidade de servir a dois senhores.
E senhor é o que manda, então o ápice da liberdade, está em não obedecer quando a ordem vier de um senhor mal-intencionado, ou um senhor iludido, e iludido, normalmente somos nós, dando ordem a nós mesmos.
Então veja, eu até desejo que você tenha muito dinheiro, mas principalmente que você saiba, quem manda em quem.
O SAL TAMBÉM DEVE SER PARA DAR SEDE
Dos muitos desafios que Jesus deixou para nós, nos evangelhos, em um Ele diz: “Vocês devem ser o sal da terra.”
Vendo de forma mais óbvia, soa como dar sabor, dar sentido a vida do outro.
Acontece que o sal por causa de suas propriedades, provoca sede, logo, nós cristãos, sendo o sal, precisamos além do sabor, mas pelo sabor, provocar sede de Deus nas pessoas.
Ou seja, um sabor que provoque desejo de busca, um incômodo que faça as pessoas saírem a procura da água viva experimentada pela samaritana.
Num mundo que busca muito a facilidade, que troca fácil, o sal pelo açúcar, pelo adoçante né?
Ser sal, levar até a fonte, é um desafio, causar sede nesse contexto é mais desafiador do que matar temporariamente a sede, mas levar até o poço com a Água Viva.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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