NÃO TEMAS
Talvez você já tenha escutado, que existem na Bíblia 365 citações de: “Não temas.” Uma para cada dia do ano.
Sinceramente não sei, até acho que, se estivesse escrito uma vez só, deveria ser suficiente para que a gente alimentasse nossa fé.
Veja que, somente um “não temas” foi suficiente para Abrão se tornar o pai da fé, somente um “não temas” do anjo foi suficiente para Maria dizer sim e cumprir todo projeto de Deus.
Pois é, se você acha necessário ouvir todos os dias o “não temas”, ouça.
Procure na palavra e se alimente dessa certeza, caso você já tenha ouvido pelo menos uma vez e para você basta, ótimo, continue crendo, e “não temas”.
Agora se você nunca ouviu, vou te dizer com toda convicção e com todas as letras, “não temas, o Senhor é contigo”.
SE FOR PRECISO, “N” BIS…
Li que o primeiro avião inventado se chama quatorze bis justamente porque houve outras 13 tentativas frustradas.
Santos Dumont, insistiu até que no décimo quarto bis, o seu projeto decolou.
A gente imagina que só existe uma forma de fazer algo, e quando ela não dá certo, desiste.
Se Santos Dumont desistisse na quinta ou décima tentativa, seria hoje, o que chamavam ele, até a décima terceira tentativa, louco.
Mas por ele ter insistido, é chamado hoje de gênio.
Catorze, são duas vezes o sete, e sete é o número da perfeição na Bíblia. Setenta vezes sete é o número infinito do perdão.
Talvez nos seja uma dica, para termos a mesma persistência de Santos Dumont, mas em busca da santidade.
Vamos errar, mas que tal errar diferente até acertar?
E aí conseguir sim nosso voo rasante, rumo ao céu.
PALAVRAS ATÉ CONVENCEM, MAS NÃO BASTAM…
Cuidado como as informações chegam hoje até você, às vezes importa mais ver de quem chega, do que o que chega.
Veja isso. Um pregador pode começar sua pregação assim: “Hoje vou falar sobre uma jovem, virgem, que está descrita na Bíblia, prometida em casamento, recebeu a visita de um anjo, esse anjo lhe fez uma proposta.
Quem você me diria que é essa mulher: Maria???
Não necessariamente.
Pode ser Eva, percebe que posso juntar verdades e mudar a história.
A mensagem é importante, mas o mensageiro é o que dá credibilidade a mensagem.
Hoje a gente vê pessoas totalmente despreparadas subirem em púlpitos, e a única coisa que fica claro é: “Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço.”
Pais, professores, cuidados, ainda vale aquela máxima que diz que: “As palavras convencem, mas são só os exemplos arrastam.”
ADORAR AO DEUS QUE HABITA NO OUTRO
Quando Jesus nos diz: “Orar sem cessar.” Quer dizer que temos que ficar o dia todo em oração?
Sim!
Aí você vai me dizer: “Então não faço mais nada só rezo?”
O engano está quando a gente confunde oração em somente estar numa capela, ou rezando um terço.
Não. Orar sem cessar, é transformar tudo que você faz em oração.
Uma dona de casa lavando as louças, pode e deve transformar isso em oração, como?
Fazendo com amor, agradecendo a comida que foi servida naqueles pratos.
Orar, é ter um olhar espiritual em tudo que faz, não deixar o humano julgar o que vê.
E veja, se olhamos o outro, o próximo, como imagem e semelhança de Deus, podemos automaticamente fazer de todas as nossas relações pessoais, momentos de adoração, como?
Adorando a imagem e semelhança de Deus que habita no outro.
VIR DO ALTO, NÃO QUER DIZER QUE CAI DO CÉU
Precisamos saber separar bem a ideia e entender, que o vem do alto, não quer dizer que cai do céu.
A gente confunde a presença de Deus em nossa vida como um encarregado de providenciar tudo, como um faz tudo.
Quem conhece a comunidade sabe que a gente usa muito a ideia da providência divina, mas isso não quer dizer ficar esperando tudo cair do céu.
Às vezes é muito pior um crente acomodado do que um ateu com atitude.
Veja que nos milagres, Jesus precisou de atitude, tem gente que é acomodado até para o milagre, espera tudo.
A certeza é que a vida é feita de ações de escolhas, sem esquecer que não agir é também uma escolha, de não ação, mas também com consequências.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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