SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

MORMO? SÓ ÁGUA DO BANHO

Chamar alguém de medíocre, pode parecer uma grande ofensa, acontece que somos educados a sermos medíocres.

Na escola se tirarmos a média, passamos de ano. Nem zero nem dez, cinco é suficiente, por isso que um diploma, não tira a mediocridade de ninguém.

Medíocre acredita pouco, tanto nele como nos outros, e normalmente vive na zona de conforto.

E como vocês sabem, gosto, e me inspiro muito nas escrituras sagradas para fazer os meus textos, e uma passagem bíblica adverte seriamente o medíocre:

Está escrito no livro do Apocalipse: “Melhor que você fosse quente ou frio! Mas porque é morno, estou a ponto de vomitá-lo.”

Então nunca se empolgue com o morno, a não ser que seja um bom banho, num dia, esse sim o dia, que não esteja nem quente e nem tão frio.

NASCI ASSIM, VOU MORRER ASSIM

Temos características, que se formam pelas influências do meio, de pessoas de lugares, isso se chama hábito.

Mas é uma grande dificuldade mudar hábitos.

É como se de uma hora para outra, nosso cérebro, tivesse que ler uma língua estranha.

Acontece que, essa estrutura de hábito, é o que forma a personalidade.

Tá! Mas ela é imutável?

Não, precisa de conversões, que é bem diferente de entrar numa igreja, declarar uma fé.

É ler com sabedoria, as placas, que como no trânsito, são colocadas a nossa frente, e nos sugerem conversões a esquerda, à direita, ou seguir em frente.

Então dizer: “Um dia eu faço, um dia paro de fumar, um dia volto para a igreja…” é muito vago, porque um dia, não existe.

Me parece sim, mais uma forma indireta de dizer, eu não quero mudar, não quero mudar meus hábitos, nasci assim, vou morrer assim.

ESTAIS PRONTOS A EXPOR A RAZÃO DE SUA FÉ?

Saber expor nossas convicções, principalmente princípios religiosos faz toda a diferença.

Veja isso: uma vez ouvi uma apresentadora de TV dizer que era tão católica, mas tão católica, que em uma outra encarnação deveria ter sido freira.

Qualquer católico sabe décor, que católicos acreditam em ressureição e não reencenação.

Por desinformação não conseguimos justificar o que cremos, mas o amor a crença deve nos levar a um interesse pleno, se aprofundar nas doutrinas, nas escrituras.

São Pedro que afirma isso com todas as letras numa de suas cartas: “Estais prontos a responder a todos que vos pedir, a razão de vossa fé?”

Infelizmente muitos que se dizem católicos ficam bem quietinhos quando alguns irmãos de uma outra religião toca sua campainha domingo de manhã, talvez por não estar pronto a responder a razão da sua fé.

AUTOESTIMA E AUTOENGANO…

Um ditado grego de mais de 500 anos antes de Cristo, é repetido até hoje por trazer um incomodo: “Conheça a ti mesmo.”

Parece fácil, mas nos conhecemos muito pouco. Até já falei que penso que o juízo final terá muito dessa pergunta: “Quem é você?”

E aí não adianta responder sou fulano, filho de sicrano, pai da fulana, trabalhei tal lugar, isso todo mundo sabe.

Acontece que não nos conhecermos de verdade.

A cultura da autoajuda, que entre outras coisas, quer aumentar nossa autoestima pode estar causando um autoengano.

Tenta-se vender a ideia de que podemos tudo, que com pensamentos positivos atingimos tudo, somos invencíveis.

Engano, somo limitados e responder corretamente quem somos, é listar nossos limites.

Quem é você?

Comece respondendo com tudo que você já identificou que precisar mudar.

FRONTEIRA E BARREIRAS…

Chegando diante de um semáforo, o sinal esta vermelho, você pode passar?

Pode. Sabe por quê?

Não existe ali, nenhuma barreira, não existe uma limitação, um muro um portão por exemplo que te impede.

E aí é que está a diferença entre fronteira e barreira.

A barreira é algo quase que físico, que realmente te impede de fazer, agora a fronteira é um limite, no caso do ser humano, é o limite da sua consciência.

Veja: estou diante da oportunidade de pegar algo de alguém, um celular esquecido por exemplo, não existem barreiras, ninguém está vendo, mas onde está o limiar da minha consciência?

Aí está a fronteira, é entre o que posso, e o que devo que disse São Paulo, é permitido, mas minha consciência diz que não.

Como anda suas fronteiras?

Abertas demais para ataque dos vizinhos inimigos?

Por Carlinhos Marques

Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já” 

 

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