SOBRIEDADE JÁ

1882
Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

O INFELIZ, MENTE…

Se amanhã você acordasse, e descobrisse que na sua conta bancária tinha 10 milhões de reais, como você ficaria?

Com certeza você diria: “Ficaria, muito feliz, radiante, transbordando de alegria.”

Mas se houvesse uma condição para que esse dinheiro estivesse na sua conta: “Nessa mesma manhã, você não acordaria vivo, você morreria.”

E aí ficaria com os 10 milhões?

Com toda certeza não né?

Pois é, então você está me dizendo com todas as letras, que acordar vivo, vale mais que os tais 10 milhões, logo se você tem 30 anos fazem exatamente trinta anos, que você recebe toda manhã uma fortuna bem maior que os 10 milhões que te deixariam tão feliz, tem mais de 30 anos? Já ganhou muito mais…

Então por que se diz infeliz?

É… posso ser sincero: o infeliz, mente.

INGRATOS SÃO INFELIZES…

            Como somos insatisfeitos, seja diante do espelho, diante do guarda-roupa, diante do extrato do banco. É a tal mania de ver o que está faltando, sem olhar o que se tem.

Aí eu lembro de uma estorinha de um urubu, que vivia todo deprê, se achava a ave mais feia que existe, lá de cima, olhava o pavão e morria de inveja: “Feliz é ele que é todo belo.”

Acontece que o pavão também era todo infeliz, dizia: “Que adianta ser belo, se não posso sair do chão, feliz é o urubu que voa nas alturas.”

Um belo dia se encontraram e partilharam suas frustações, até que tiveram uma ideia: “Vamos nos juntar e criar descendentes que possam ser bonitos e voar alto.”

Pois é nasceu o peru, que não voa e é feio.

Reveja sua gratidão, ingratos normalmente são infelizes.

O GRITO É A FALTA DE ARGUMENTO

Em uma discussão, quando se tem que alterar seu tom de voz, falar mais alto, ou até gritar mesmo, provavelmente já se esgotou ali o estoque de argumentos verdadeiros.

Se fala alto, para não escutar o argumento do outro, e se juntam duas coisas: a ausência de argumento e a ausência da capacidade de ouvir o argumento do outro.

Daí surgem até ameaças sem sentido, do tipo: “Você vai ver heim.” E se a pessoa pergunta: “Ver o que?” Não tem nem resposta.

Pois é, infelizmente, andando pela cidade ouço tanta gritaria em alguns salões por aí que alguns chamam de igreja, que me deixa em dúvida se ali não está faltando argumentos, o que seria um grande absurdo né?

Pois a palavra de Deus em si, grita no silencio é o maior conjunto de razões

  BOM LADRÃO, MAS EXISTE?

O termo bom ladrão é estranho né?

Conheço o bom médico, o bom professor, mas bom ladrão, será que é aquele que rouba mais?

Bom, polêmica a parte, ladrão nunca vai ser bom, da mesma forma que o homem também nunca será, a não ser que esteja do lado do crucificado, e reconheça seus limites, seus erros, admita que toda virtude, todo poder, só é dado do alto.

Homem bom não existe, mas pode se tornar bom, e ter o privilégio de ouvir: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso.”

Não são atitudes que salvam, somos salvos pela misericórdia, mas para sermos alcançados pela misericórdia, precisamos nos admitir os bons mentirosos, bons incrédulos, bons preguiçosos, os bons de muitas coisas ruins.

São Dimas, o bom ladrão, rogai por nós!

PAGOU OU PERDOOU NOSSOS PECADOS?

            Pode existir um erro teológico dizer que Jesus veio perdoar nossos pecados.

Jesus não veio só perdoar, mas pagar pelos nossos pecados, e é diferente uma coisa da outra. Veja!

Se você tem uma dívida numa loja, e não consegue pagar, passa um tempo os tais 5 anos ou mais, ela entra em carência, a loja lança em prejuízos no seu balanço, e nunca mais te cobra, de certa forma você foi perdoado.

Agora imagina, você tem a mesma dívida, não consegue pagar, e de repente passando em frente da loja, entra, pergunta como está a tal conta, e percebe que alguém passou por lá e pagou para você.

Foi isso que Jesus fez, assumiu o peso do pecado da humanidade e pagou com seu sangue.

Só um amor verdadeiro poderia pagar tão caro, por um pecado que não comprou.

 

Por Carlinhos Marques

Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

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