SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

MANGA VERDE E MANGA MADURA

É um erro dizer pais e filhos são exatamente iguais principalmente em direitos.

Veja! Se eu chegar até você com duas mangas, uma madura, e te perguntar: “O que é isso?”

Lógico que, você dirá: “Uma manga”.

Mas, se te mostrar a outra bem verde, que nem chegou ao seu tamanho normal e te perguntar: “O que é isso?”

Você diria manga também, você está certo.

Acontece que as duas, mesmo sendo mangas, estão em estágios diferentes. Esse é o paralelo entre pais e filhos.

Claro, são todos humanos, todos revestidos de direitos, de dignidades, mas não são iguais.

Filhos ainda precisam ser revestidos de virtudes que lhe darão o sabor da maturidade.

Pais não esqueçam que, as virtudes dos seus filhos, serão filhos das suas virtudes.

A PERDA DE TEMPO

Se você fosse atualizar sua lista de perdas, seja sincero.

Iria constar na sua lista, a perda de tempo?

Veja nesse exemplo, o valor do tempo: O que vale mais 1 real, ou um segundo?

Quando digo 1 real você pode até optar pelo um segundo, mas se for subindo o valor, 10 reais, 100 reais, pelo segundo, a maioria acaba optando pelo dinheiro.

Mas não é novidade, num segundo a gente pode perder a vida toda com decisões equivocadas.

Nada vale mais do que o tempo.

Se em um leito de morte, você pudesse dar mais tempo a alguém, e lhe perguntasse como ele gostaria de aproveitar esse tempo a mais, ninguém pediria mais tempo para ganhar dinheiro.

Usariam esse tempo extra para reencontros, e muitas vezes para pedidos de perdão.

ALMA MOLE EM VIDA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE CURA

Existe uma coisa muito ruim nos momentos bons e uma coisa muito boa nos momentos ruins, sabe o que é?

Os dois passam.

Acontece que, quando estamos vivendo os maus momentos eles parecem eterno, intermináveis.

Mesmo sabendo que momentos ruins passam, o melhor a ser feito é aprender com ele. E olha, ele realmente ensina.

Nesses momentos é a vida te treinando para as vitórias.

Existem circunstâncias que tiram o que a gente imaginava não viver sem. Mas é aí que a gente se reinventa.

O que nosso limite chama de fim, Deus insiste em chamar de recomeço.

Então, se as coisas estão difíceis, aparentemente insuportáveis, se a vida está dura, lembre-se disso: “Alma mole, em vida dura, tanto bate até que cura.”

LUTO, MAS TAMBÉM LUTO

Na gramática a palavra luto é substantivo.

Mas, e se a gente usar o luto como um verbo?

Teríamos uma conjugação diferente né? O tal: “Eu luto, tu lutas, ele luta…”

O verbo lutar, é para que evitemos perdas evitáveis, o luto como substantivo é aceitar a perda inevitável.

Mas, nos dois casos são oportunidade de ganhos. Normalmente vemos as lutas e os lutos como perdas.

Isso gera medo, e o medo de perder tira a vontade de ganhar, de ganhar a vida e a vida se ganha perdendo, perdendo por amar, foi o próprio Jesus que disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perde-la. Mas que perder a sua vida por minha causa, (e a causa dele é o amor), vai salvá-la.” E completou: “Que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

QUE FALTA VOCÊ FARIA AO MUNDO, SE VOCÊ NÃO EXISTISSE?

O professor Mario Sergio Cortella, fez uma provocação emblemática com uma pergunta: “Como seria o mundo se você não existisse?

Pasmem, se passou na sua cabeça a hipótese de você responder, que seria melhor?

Mas o bom dessa pergunta, é que se você ainda pode responder mais à frente. Aliás estar vivo, então, viva de modo que o mundo fique um pouco pior, quando você se for.

Precisamos viver em paz para morrer em paz.

A perspectiva de morte, pode até ser uma advertência e nunca como uma ameaça.

Uma advertência dizendo, que não tenho todo tempo do mundo para perder com descartáveis.

Que quando você se for, além de provocar saudades, faça falta.

A falta que você constrói enquanto você vive.

Lembra da parábola dos talentos? Como você está multiplicando os seus?

Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

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