SOBRIEDADE JÁ 

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI - Foto: Reprodução

EVOLUÇÃO, É A DEPURAÇÃO DO GOSTO

Um filósofo do século passado disse algo curioso: evoluir é depurar o gosto, é ser mais exigente com aquilo que se gosta.

Vou fazer aqui uma provocação: já parou para pensar no que você tem gostado ultimamente? Músicas, por exemplo.

Pode parecer irrelevante, mas quase nada na vida é impune. Música é vibração. E vibração é energia. Ela não apenas produz um som aleatório, agradável, mas pode desafinar o padrão da tua própria energia.

Não é por acaso que certos ambientes, onde se toca música eletrônica ou batidas repetitivas, são também lugares onde se consome mais álcool e drogas. É o cérebro entediado com tanta repetição, buscando estímulos extras. É o ouvido que ouve, mas é o corpo todo que sente. Algumas músicas arrastam pra baixo sim, principalmente quem não vigia.

Que tipo de música você, ou seus filhos têm consumido? Pode parecer só um “refrão chiclete”, mas pode estar intoxicando seus valores.

Sei que gosto não se discute, mas gosto, pode sim ser educado, ser depurado. 

Filipenses 4,8: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai.”

LIVRE É QUEM FAZ O QUE NÃO QUER 

Você já pensou que talvez, liberdade não seja fazer tudo o que você quer?

Quando estudei filosofia, a tese de um filósofo alemão, Kant, me chamou a atenção.  

Ele disse: “Você é verdadeiramente livre quando faz o que não quer.”

Faz sentido. Quando você só faz o que quer, está preso às suas vontades, como se fosse uma marionete de si mesmo. Mas quando quer muito algo, e escolhe não fazer, aí sim, quem está no comando é você.

Quer um exemplo prático? Muitas igrejas e tradições religiosas propõem o jejum. Jesus mesmo jejuava com bastante frequência. E isso não tem nada a ver com passar fome. Sejamos francos: a gente come mais por vontade de comer, do que por necessidade.

Não estou falando aqui de masoquismo, mas de liberdade. Liberdade real, que não é viver dizendo “sim”, mas saber a hora certa de dizer “não” — principalmente a si mesmo. Às vezes, ser livre dos outros é até mais fácil do que ser livre de nós mesmos. 

Gálatas 5,13: “Fostes chamados à liberdade, mas não useis da liberdade para dar ocasião a qualquer desejo.” 

ACREDITAR EU NÃO ACREDITO, MAS QUE EXISTE, EXISTE

Ao criar o ser humano, Deus colocou algo mais espetacular do que os trilhões de células ou a complexidade do DNA:  colocou a consciência. Ela é um sensor interno, que alerta quando nossas atitudes extrapolam. Mas extrapolam baseado em quê?

Onde está a régua que mede o que convém e o que não convém? São Paulo já dizia: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.” Essa régua está inteirinha nos ensinamentos cristãos.

Mesmo quem não é cristão, ou até se diz ateu, se for questionado sobre mentir, roubar, matar, trair, ele vai dizer que é errado. Mas, de onde ele tirou que é errado?

Da Bíblia. Ela rege, mesmo sem crédito de alguns, a conduta desses quem dizem não crer em Deus, mas no fundo, acreditam naquilo que Ele ensina. Vai entender.

Romanos 2,15: “Mostram a realidade da obra da Lei gravada em seus corações, atestada por sua consciência e pelos julgamentos interiores.” 

NAVEGAR OU NAUFRAGAR NAS REDES? 

É curioso como a expressão “navegar” caiu como uma luva para descrever nosso uso das redes sociais.

Estamos todos no mesmo mar, mas veja bem, em barcos diferentes. A gente compra, vende, se informa, se entretém. Enfim, navega.

Mas acontece que muitos, infelizmente naufragam.

E o motivo de naufragarem nem sempre está no vento, mas na direção, na vela, e principalmente em quem comanda o leme.

Tem gente usando as redes para espalhar esperança, conhecimento. Outros, para julgar e criar polêmica.

Nesse mar, se você não sabe para onde vai, acaba indo para onde os outros estão indo, ou pior, para onde te mandarem.

Há muitas passagens bíblicas que falam do mar, mas me veio à mente aquela em que Jesus acalma a tempestade.

Provavelmente havia outros barcos enfrentando a mesma tormenta, mas uma certeza a gente tem: o barco onde estava Jesus, não afundou.

Marcos 4,39-40: “Jesus levantou-se, ameaçou o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’ O vento cessou e seguiu-se grande bonança. 

MEDO E COVARDIA 

Às vezes, achamos que ter coragem é nunca sentir medo. Negativo. 

O medo faz parte da nossa natureza, da natureza animal, e é positivo quando não paralisa.

A coragem é justamente agir apesar do medo. 

Do mesmo jeito, a gente pensa que ter fé seria não ter dúvidas. Mas é o contrário: a fé se constrói justamente porque temos dúvidas.

Ou seja: Eu tenho medo, então preciso da coragem. Consequentemente, eu não tenho certeza, logo preciso da fé. 

O essencial é saber a verdade e agir. Porque o não agir sabendo da verdade não é medo… é covardia.

Então, veja: O medo nem sempre revela um medroso às vezes, revela um corajoso. Agora, a covardia, sempre revela o covarde mesmo. 

Tiago 4,17: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, peca.” 

Por: Carlinhos Marques 

Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já” 

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