QUEM MANDOU CORTAR O RABO?
Às vezes você não acredita em algo, e não é por não ter fé, é simplesmente por não perguntar.
Veja que precisou alguém questionar o escuro das noites para que fosse inventada a lâmpada. Agora veja essa história: Uma garota questionou sua mãe, o porquê de ela cortar o rabo do peixe quando ia assar. A mãe disse: “Ah, minha mãe fazia assim”. Mas a menina insatisfeita foi e perguntou para a avó, que falou a mesma coisa: “minha mãe sempre fazia assim”. A menina não satisfeita, foi e perguntou para a bisavó: “por que cortar o rabo do peixe para assar?”. Aí a nona, com toda simplicidade, disse a verdade: “ah, filha, é que o peixe nunca cabia na minha assadeira…”. Sei que a tradição é sábia, mas questionar joga o facho de luz onde só existia um simples costume.
Paulo disse aos Tessalonicenses: “Examinai tudo, e ficai com o que é bom.”
POR DINHEIRO EU TAMBÉM NÃO FARIA
No filme sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá, uma cena me chamou atenção. Ela estava numa rua da Índia, cuidando de um leproso, e de repente uma caravana de políticos que passava por lá resolveu parar e foi até ela. Aí, admirados de como ela tratava aquele homem todo cheio de feridas jogado na rua, um dos políticos disse assim: “Madre, por dinheiro nenhum eu faria isso”. Ela, olhando de baixo para cima, com um ar de quem até parecia estar com pena daquele homem, disse: “Oh, meu querido, por dinheiro eu também não faria, eu faço por amor”. O amor não lucra, e a maior pobreza é não ser alguém para ninguém. Servir por amor é tocar o eterno, e até o pó da rua vira um leito de acolhimento.
SUPERE SEU POSSÍVEL COM O SEU MELHOR
Nem sempre as palavras que a gente usa expressam aquilo que a gente está sentindo. Por exemplo: Se alguém te pede algo e você diz: “pode deixar, vou fazer o possível”, esse “possível” pode estar ancorado na sua situação de momento, na sua visão de limite, ou pior, à sua disposição em não fazer, e o “eu vou fazer o possível” acaba sendo uma resposta pronta de quem não vai fazer. Acontece que em alguns outros idiomas, quando essa situação acontece, a resposta é diferente, eles dizem assim: “pode deixar, vou fazer o meu melhor…”. Isso é mais que diferença de idioma, é uma disposição em ir além, é o desejo de transformar o seu possível no seu melhor possível. Percebe a diferença? Então, cuidado para não diminuir seu melhor, chamando-o simplesmente de “possível”.
Paulo disse aos Colossenses: “Tudo que fizerdes, fazei como se fosse para o Senhor e não para os homens”.
NÃO SÓ DEUS, MAS DEUS PAI
É uma dificuldade hoje se dizer que Deus é pai, sabe por quê? Muitos têm uma experiência negativa, cicatrizes mesmo da relação com os seus pais da terra, foram abandonados, o pai não é referência, e associar Deus a um pai pode até soar a alguns como depreciativo. Mas Deus é Pai, veja que Jesus nunca chamou Deus simplesmente de Deus, sempre chamou de Pai. Quando foi ensinar os discípulos a rezarem, começou dizendo: “Pai nosso”. Isso faz muita diferença, ver Deus só como Deus tende a tê-Lo só como um provedor distante, agora, tê-Lo como Pai, chamá-Lo de pai, parece que a alma descansa, né? A gente confia, e quem confia obedece. Adão, o primeiro homem, tinha Deus como o criador, não confiou, não obedeceu, e a desobediência de Adão gerou a morte. Jesus tinha Deus como Pai, e foi obediente. Você já se perguntou: Deus, para mim, é apenas uma presença distante ou um pai amoroso no qual eu confio?
JÁ TÁ FAZENDO SUA DECLARAÇÃO PARA O CÉU?
Todo ano temos que fazer a declaração de renda, e constar os bens que a gente admite ser nossos, casa, carro, saldo em banco. Mas será que essas coisas podemos chamar mesmo de nossas? Tenho um raciocínio de que a gente só pode admitir que algo é nosso se pudermos levá-lo depois, para a outra vida também. Dando uma olhada na sua lista do que você jura ser seu do que tem lá, o que você pode levar quando a declaração eterna chegar? Bens, família, dinheiro, seus títulos vão perder o valor. Como está sua bagagem, no dia em que a viagem chegar? Irá com você, vidas que você tocou e transformou, o amor que você deu, o bem que você fez… Suas escrituras, seus contratos de compras, vão ficar. Comece a se perguntar a partir de agora: isso tudo que estou “adquirindo” realmente é meu?
Em Mateus 6 diz: “Não ajunteis tesouros na terra onde a traça, a ferrugem e os ladrões roubam…”
Por: Carlinhos Marques
Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já”
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