SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI - Foto: Reprodução

É BOM SER IMPORTANTE, MAS MAIS IMPORTANTE SER BOM

É bom ser importante, mas é mais importante ser bom. Acontece que cada vez mais o comportamento humano vem fazendo que aquele ditado, de que os fins justificam os meios, vire consenso, mas não, cuidado com os meios usados pra os fins, a competição profissional, os egos inflados, fazem a gente perder a percepção da importância da solidariedade, da honestidade, da empatia, e nos ocupamos mais com a necessidade de se ter um rótulo, de ser visto como importante, que a sociedade nos veja como importantes.

Ok, quer ser importante?  Então seja bom, você vai perceber o quanto importante você vai se tornar, simplesmente porque decidiu ser bom.

Resumindo, é muito bom ser importante, mas é mais importante ser bom.

O BOI RECONHECE SEU DONO

Aqui no Instituto, nós temos vários animais, e é impressionante como eles conhecem aqueles que tratam deles, aliás, tenho certeza que seu cachorrinho, seu gatinho também te conhecem de longe, é a percepção de quem os sustenta, é a confiança naquele que vai suprir.

Esse comportamento é uma lição pra nós, as vezes passamos dias, muitos passam a vida inteira, sem essa percepção, ou seja, a percepção de quem lhe provê, desde o ar que respiramos, a água do dia a dia, coisas simples, mas essencial.

É, infelizmente gratidão tem memória curta, mas ela deveria ser o primeiro boleto a ser pago no nosso carnê do existir. O profeta Isaias a mais de 700 a/c disse: o boi conhece seu dono, o cão reconhece quem lhe dá de comer, mas o homem nem sempre reconhece o seu Deus.

O FILHO DE ONTEM, É O PAI DE HOJE

O filho de ontem é o pai de hoje, que precisa aprender a assumir esse novo papel, e como fazer essa transição? Veja esses dois aspectos como se conectam, o tecnológico e o comportamental.

Os filhos crescem já imersos no mundo digital, aprendem a usar celulares com a mesma facilidade com que aprendem a falar. No entanto, esquecem que foram os pais, ou seja, seus antecessores que criaram os avanços tecnológicos, essa maravilha que eles desfrutam hoje, mas o comportamento dos filhos hoje beira a indiferença com os pais, não reconhecem que toda essa beleza só existe hoje porque uma geração anterior desenvolveu. Isso abala a autoridade dos pais, filhos com voz ativa demais, que não reconhecem o valor de quem lhe dá as regras, logo dificilmente respeitam essas regras.

O MAL SÓ NÃO OBEDECE

O mal pode se disfarçar praticamente de todas as virtudes, pode parecer generoso, pode falar bonito pode até parecer religioso, mas não consegue ser obediente, não consegue obedecer.

Sabe porquê? A obediência exige humildade, exige aceitar regras, e reconhecer autoridades, coisa que o mal desde o princípio não quis.  Nós temos dificuldades em obedecer, e até a nossa consciência, trocamos o certo pelo mais fácil. 

Mas veja, diante de Deus, a obediência é o idioma, é o retrato da fé, pois quem confia obedece, fé e obediência são irmãs, andam de mãos dadas.

E de todas as formas de obediência, a mais perfeita é aquela que nasce da entrega, do desejo de servir, não é o obedecer por medo, como escravo, mas como aquele que confia no seu Pai. E Maria foi assim, diante do chamado de Deus, não questionou, não negociou, mas com um coração rendido nos ensinou dizer: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.”

MANGA VERDE, MANGA MADURA

Numa época de valorização só de direitos, é um baita erro dizer que pais e filhos são exatamente iguais principalmente em seus direitos. 

Veja se eu chegar até você com duas mangas, uma madura e uma outra verde, e te perguntar o que é isso: logico você vai me dizer: uma manga, aí eu te mostro a outra manga, é manga também.

Você está certo claro, acontece que as duas, mesmo sendo mangas, estão em estágios diferentes. Esse é um bom paralelo para se fazer entre pais e filhos, claro, são todos humanos, todos revestidos de direitos, de dignidades, mas não são iguais, filhos ainda precisam ser revestidos de virtudes, de experiências, de conhecimentos, que lhe darão o sabor da maturidade.

Pais, sejam pais, vocês que deverão amadurecer seus filhos, impedir que não apodreçam, e não se esqueçam, as virtudes que vocês sonham para os seus filhos, serão filhos das suas virtudes.

Por: Carlinhos Marques

Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já” 

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