CUIDADO COM O HOMEM DA COBRA
Você já deve ter ouvido: fulano fala mais que o homem da cobra.
Esses dias, a gente comentava em casa, sobre o meu sobrinho já estar aprendendo a falar.
Sinceramente é bem mais fácil se aprender a andar, a tomar banho sozinho do que a falar, muitos morrem, sem aprender a falar como se deve.
E lógico, não se trata de ter um português perfeito, ou até falar outros idiomas, não é isso, é que se fala por falar, usar a fala como ferramenta de afirmação de acusação, e não de cumplicidade, e até de cura para o outro.
São Tiago diz “quem é capaz de refrear sua língua é capaz de refrear todo seu corpo”, então, cuidado pra não ser o homem da cobra, da boca pode sair muito veneno hein.
QUAL SERPENTE VOCÊ VAI COLOCAR A CULPA HOJE?
Qual a serpente que você vai colocar a sua culpa de hoje?
Todos nós temos um pouco de Eva né, fazemos a terceirização da culpa, como mecanismo de defesa.
Aí se culpa pais, professores, escola, religião, frio, calor, se nenhum desses se encaixa no memento, a gente cria um culpado.
Mas é um jogo que imobiliza, se é pelo erro que se aprende, só se vai aprender quando admitir que errou, não admitir se torna uma outra culpa.
O maior cego continua sendo aquele que não quer ver. Admitir um erro é dizer hoje eu sou mais inteligente que ontem, eu melhorei, errei ontem, hoje não.
Mas preferimos sentir e não falar, ficar sem saber e não perguntar, sofrer e não chorar, ter saudade e não ir atrás.
E FORAM FELIZES PARA SEMPRE
Já fomos muito enganados, quando criança, com as estorinhas que terminavam com a frase: e foram felizes para sempre… Gente, nada é pra sempre, muito menos a felicidade, a gente imagina, que a partir de um determinado fato, tipo, emprego novo, casamento, casa nova, vai ser só felicidade daí pra frente, negativo.
É um engano imaginar a felicidade como algo rápido, como se saciássemos nossa fome de felicidade como matamos nossa fome de comida, existe o fast food, ligou a comida chega, mas não existe happiness fest, a felicidade rápida.
Como tudo que é bom e duradouro, a felicidade precisa ser construída, cultivada, parar de se comparar com os personagens das estorinhas que foram felizes para sempre, esse sempre, pra nós, pessoas de verdade, a felicidade plena só virá depois dessa vida.
QUANTOS ANOS VOCÊ SE DARIA, SE NÃO SOUBESSE SUA IDADE?
Quantos anos você se daria, se não soubesse a sua idade?
Veja, não é quantos anos você gostaria de ter, mas quantos anos acha que teria.
Essa é uma pergunta, que se você for sincero é capaz de identificar seu nível de maturidade.
Normalmente nos sentimos adultos em várias situações, mas seja sincero, tem áreas que que a gente não cresceu o suficiente, e muitas vezes isso pode ser uma forma de defesa.
Não se cobra de um bebê que ele faça cálculos, que ele trabalhe, produza.
Aí sem perceber, ou de propósito, a gente deixa bem infantis aspectos que podem representar exigências caso a gente demonstre maturidade.
Dá uma olhada se sua fé não está na mamadeira, com medo dela cobrar além do que está disposto a dar.
O que você deixou de ter para ter o que tem?
O que temos é medido pelo que deixamos pra trás para ter o que temos.
Vários personagens bíblicos deixam isso claro, lembra do jovem rico que não teve coragem de vender seus bens, o contrário de Zaqueu. Jesus foi claro: quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo.
Todos apóstolos fizeram renuncias, mas Pedro, quando Jesus se aproximou dele, Jesus proporcionou a maior pesca da vida de Pedro, e nessa abundância fez o convite. Pedro não renunciou um barco vazio, ou uma conta bancaria negativa, não.
E aí já se perguntou o que está disposto a renunciar, muita gente deixa para se aproximar de Deus quando não tem nada pra deixar pra trás, Deus até aceita, só não sei se é justo.
Por: Carlinhos Marques
Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já”
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