A OCASIÃO NÃO FAZ O LADRÃO
Tem uma música do Capital Inicial que diz assim: “O que você faz quando ninguém te vê?
Esse ninguém é muito relativo, pois sempre alguém te vê, aliás você se vê, com olhos da consciência.
Tem um ditado popular, no mínimo questionável, que diz: “A ocasião faz o ladrão.”
Negativo! Na verdade, a ocasião não faz a índole de ninguém.
No caso do ladrão, ela cria a oportunidade para que o roubo aconteça.
O caráter, a índole independem das circunstâncias.
O troco que te deram a mais, a carteira que foi achada com dinheiro, ou aquele cargo dar a oportunidade de praticar a honestidade.
Então, definitivamente, a ocasião não faz o ladrão, a ocasião apenas revela o ladrão.
AO MENOS INTELECTUALMENTE HONESTO
Nunca tivemos tanta oportunidade de mostrar nossas opiniões.
De forma instantânea através de um post, até uma re-postagem, um baita número de pessoas já sabe o que a gente está pensando.
Aliás, não soa estranho pra você? Quando abre o Facebook pra postar alguma coisa, a pagina já te pergunta: “No que você está pensando?”
Sinceramente isso já me incomodou. Mas vamos lá…
Com relação ao que realmente pensamos, seja política, religião, seja discernir um juízo de valor, é muito difícil a gente ser completamente neutro. Temos nossas tendências conforme as circunstâncias, e fica difícil ser imparcial, ainda mais se for algo com a gente, ou alguém que a gente gosta.
Ok! Mas fica a dica. Caso for dar a opinião, e não der pra ser imparcial, seja pelo menos intelectualmente honesto.
NÃO DECIDIR TAMBÉM É UMA DECISÃO
Numa noite de quarta-feira, o pessoal estava reunido na comunidade para assistir futebol. De repente logo no começo do jogo um dos meninos levantou disse boa noite, que iria dormir, um dos que estavam lá perguntou: “Mas fulano, você vai perder o jogo?”
E ele deu uma resposta que nunca mais esqueci, ele disse: “Não, eu vou é ganhar duas horas a mais de sono.”
Percebe que ele deu uma aula sobre o que é decidir? Ou seja, não se decide por algo, a não ser que seja em detrimento de outro, não daria pra dormir e assistir ao jogo?
Assim é a vida cheia de grandes e pequenas decisões.
Cuidado com a covardia em não decidir, porque não decidir também é uma decisão, e às vezes com consequências.
PEQUENAS IGREJAS GRANDES NEGÓCIOS
Nunca escondi meu berço e minha convicção católica, e até que reconheço boas intensões em alguns protestantes, mas, são muitas igrejas criadas todo dia, tal história, pequenas igrejas grandes negócios.
A teologia da prosperidade, não ensina carregar a cruz, prega que seremos carregados por carro caros. Mas Jesus disse: “Quer me seguir, toma sua cruz e siga-me.”
A igreja de Cristo foi fundada por Cristo, e obedece a toda uma tradição.
Sinceramente acho até petulante alguém dizer: “Vou fundar uma igreja.”
Aliás, Napoleão Bonaparte no auge de suas conquistas, ouviu de um assessor: “Porque o senhor não funda uma igreja? E ele respondeu: “Pra isso precisaria de duas coisas, a primeira não quero, e a segunda não posso, a primeira é morrer numa cruz, e a segunda é ressuscitar.
MISERICÓRDIA OU JUSTIÇA
Vou trazer aqui uma questão de difícil consenso: “Deus é misericórdia ou Deus é justiça?”
Existem situações de sobra nas escrituras mostrando Deus misericordioso, mas existem também situações que fogem a nossa compreensão, onde a justiça divina parece até ser dura demais.
Acontece, que o amor misericordioso, quando é pleno, pode parecer injusto, porque perdoa o culpado. E a justiça quando é cega, tende a parecer falta de amor.
Então pensando de forma fria e só humana, a gente tende a afirmar que a justiça seria falha se todo homem for salvo. Ninguém merece ser salvo, mas a misericórdia também falharia, se o homem for condenado.
Prefiro acreditar que tanto a justiça, quanto a misericórdia, estando nas mãos de Deus, tem o filtro de uma sabedoria que foge ao nosso entendimento, a sabedoria divina.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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