Santos busca substituto para Pedro Martins no comando do futebol 

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Pedro Martins, CEO do Santos — Foto: Raul Baretta/Santos FC

Clube quer CEO responsável por área administrativa.


O Santos avisou ao CEO do clube, Pedro Martins, que ele não estará mais ligado ao futebol. Quando chegou ao Peixe, em dezembro do ano passado, o dirigente acumulou a função de executivo de futebol, que pertencia a Alexandre Gallo. O dirigente pediu demissão do cargo.

A ideia da direção era a de que Martins seguisse gerenciando e reorganizando todas as áreas administrativas do clube, ficando alocado na Vila Belmiro. O clube procura no mercado outro profissional para assumir o comando do futebol.

Pedro Martins vem enfrentando desgaste internamente e com a torcida santista por conta da má fase do clube, que segue na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e está eliminado na Copa do Brasil.

O ge apurou que a impossibilidade de colocar em prática o projeto de modernização no dia a dia do Peixe frustrou o dirigente. Havia a expectativa de maior autonomia para fazer mudanças na estrutura do clube, o que não se concretizou até o momento.

Nos bastidores, algumas declarações dadas por Martins durante uma entrevista coletiva, em 15 de abril, também não repercutiram bem. À época, ele disse que o saudosismo iria matar o Santos. O dirigente declarou ainda que o clube tem problemas crônicos, que ficou para trás dentro da indústria do futebol brasileiro e revelou que o Peixe enfrentava dificuldades, como a falta de uma maior integração entre setores.

Alguns desses posicionamentos causaram incômodo porque existe um entendimento de que determinados pontos eram para ser tratados internamente. Em meio a boatos sobre uma possível demissão, no último dia 8, Pedro Martins publicou uma imagem com o título do filme “Ainda Estou Aqui”, junto da localização na cidade de Santos. 

O técnico Pedro Caixinha foi outro ponto de conflito. Pedro Martins esteve à frente de toda negociação envolvendo a contratação do treinador. Por contrato, o Peixe teria que pagar 2 milhões de euros (cerca de R$ 12,8 milhões) em dez dias após a demissão de Caixinha, mas o clube não conseguiu um acordo para um parcelamento desses valores. O português levou o caso à Fifa, e a situação pode acarretar em um novo transfer ban ao Santos no futuro. 

A questão envolvendo o atacante Gabriel Veron também causou discordância. O jogador teve casos reincidentes de atrasos a treinos, foi multado e cortado do duelo contra o Grêmio. Existia uma corrente dentro do clube que defendia o afastamento e até uma devolução do jogador ao Porto, de Portugal. No entanto, o CEO se posicionou contrariamente e bancou a manutenção de Veron, que tem treinado normalmente com o restante do elenco. 

*Com informações do ge