Por Andrea Anciaes
Fabrício Queiroz e sua esposa, Márcia Queiroz, foram presos e agora soltos estão monitorados usando tornozeleiras, acusados de montar um esquema onde os assessores de Flávio Bolsonaro eram usados para desviar dinheiro público. Existe de fato justiça mi Brasil? No esquema, os assessores nem apareciam para trabalhar e embolsavam 1/3 do salário, enquanto depositavam 2/3 na conta de Queiroz. Mas o que ele fazia com o dinheiro que desviava? Comprava mansões, iates, carros de luxo? Não. Ele pagava as despesas pessoais do seu patrão, Flávio Bolsonaro, incluindo as prestações dos 37 imóveis, a escola dos filhos, as contas da casa. Queiroz é um estranho caso em que o ladrão rouba para beneficiar o chefe. Para ficar ainda mais estranho, pode-se perguntar se Flávio Bolsonaro não desconfiava da generosidade extrema do subordinado, porque a polícia, após examinar um período de 24 meses, não encontrou nem um depósito ou transferência dele e de sua esposa, Fernanda, para Queiroz. Ou seja, enquanto morava numa casinha mal cuidada em Rio das Pedras, Queiroz desviava dinheiro público exclusivamente para pagar as despesas de luxo de Flávio Bolsonaro e esposa. Seguramente, um caso raríssimo de ladroagem que rouba para doar aos outros. O estranho caso de um esquema montado com os assessores de Flávio Bolsonaro, pelo chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, para pagar todas as despesas pessoais de Flávio Bolsonaro, mas do qual Flávio Bolsonaro nem sequer desconfiava. Os assessores, generosos ao extremo, chegaram a fazer transferências diretamente para as contas dos advogados de Flávio Bolsonaro e, no caso de Queiroz, não negavam nem os cheques para a primeira-dama, Michele Bolsonaro. O mais estranho, para mim, é que Queiroz esteve preso por conta de um crime do qual não se beneficiava, enquanto os verdadeiros beneficiados, Flávio, sua esposa e Michele Bolsonaro, não tenham sido sequer denunciados pelo Ministério Público. Sabem o que eu penso? Que a denúncia ainda não foi feita porque vai chegar até ao próprio Jair.
Família Bolsonaro, há 30 anos fazendo o Brasil de trouxa. Cadê a denúncia do Ministério Público que se acovarda??
A atleta Carol Solberg foi julgada e advertida por ter gritado “Fora, Bolsonaro” durante transmissão ao vivo, após conquistar a medalha de bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia.
Afinal, o que é essa “justiça”? Ela está sendo feita? As instituições responsáveis por garantir essa justiça, estão a proporcionando? Podemos confiar que alguém julgue o que é justo ou não? Afinal, o que é essa justiça?
Enquanto não entendermos para que ela serve, desqualificamos nossas próprias intenções!