Ele faleceu na madrugada desta quarta-feira (21), na Casa de Saúde Unimed de um infarto fulminante. Inicialmente, às 16h, ele foi atendido na com fortes dores no peito, realizou alguns exames, nada foi diagnosticado e ele foi liberado, mas com orientação de realizar um exame para detectar Covid-19. Mais tarde, às 19h55, ele foi novamente levado por familiares ao mesmo Hospital e medicado, mas sofreu um infarto fulminante por volta das 1h30. Osmar Cunha deixa esposa e três filhos, além de uma gloriosa carreira no rádio, conquistada com 39 anos de profissão.
DA REDAÇÃO
Osmar deixa a esposa Valeska Cunha e os filhos Artur, Jhonatan e Vitória. Em janeiro deste anos ele contou sua trajetória profissional numa entrevista dada ao jornalista Antonio Carlos de Camargo no estúdio da Rádio Clube FM.
Natural de Floreal, desde criança foi aficionado pelo Rádio. Cresceu num sítio e lá se acostumou a ver os pais a ouvirem o locutor Zé Bétio, um dos maiores nomes do rádio brasileiro. A rádio mais próxima de Floreal ficava em Nhandeara e Osmar lembrou que quando estava com 14 anos ia diariamente a emissora e ficava admirando os locutores e técnicos a trabalharem. Naquela emissora ele começou como técnico de som e lá começou a dar os primeiros passos como locutor. Aos 16 anos veio para Votuporanga e junto ao Dimas Liévana de Camargo pediu para fazer um teste de locução. O saudoso diretor da Clube FM disse que Osmar tinha uma voz parecida com a do famoso Lombardi, assistente do Silvio Santos em seus programas de TV.
Osmar ficou um tempo na Clube, depois foi para a Rádio Antena 1 em Jales, arriscou na Morada FM de Araraquara, mas não teve jeito mesmo, seu destino era a Clube de Votuporanga. Em 2000 ele voltou à emissora e aqui trabalhou até na manhã desta terça-feira (20) com o seu tradicional programa “Clube da Moçada”.
No início da década de 2000, Osmar criou um personagem único que o fez conhecido em toda a região, o “Homem da Lata”. No programa ele batia numa lata de tinta cortada ao meio e usava o barulho dela para acordar os ouvintes, chamar a atenção, tudo muito criativo e com várias “latadas”. Junto ao Homem da Lata trabalhava o DJ Lukinha, outro engraçado personagem, criado por eles, a “Shirley Xavasca”, uma suposta travesti que acompanhava Osmar no programa e os dois causavam entre piadas e muitas brincadeiras, tudo ao vivo, no improviso e na pura criatividade. A reação dos ouvintes foi imediata e a Rádio Clube passou a ser líder de audiência em toda a região.
Em 2002, tamanho sucesso do seu programa, o radialista foi homenageado na Câmara com título de Honra ao Mérito. O programa seguiu mais alguns anos e então foi criado o “Clube da Moçada” programa que foi ao ar até esta última terça-feira, um dia antes de sua morte.
Além de ser radialista ele mantinha com sua esposa Valeska uma loja de roupas infantis no centro da cidade e ultimamente ele trabalhava em suas horas de folga na montagem de uma loja no sistema E-Commerce, vendas diretas pela Internet.
Na terça-feira Osmar trabalhou normalmente, quando lá pelas 16h sentiu uma forte dor no peito. Imediatamente a foi levado a Casa de Saúde Unimed de Votuporanga. Temendo ser um principio de infarto, Cunha, pediu um procedimento que identificasse se era realmente o problema, foram feitos vários exames, mas não foi detectado nada desta natureza. Osmar comunicou ao diretor da Rádio Dirceu Camargo, que estava bem e que a médica havia liberado ele para ir pra casa com a orientação de realizar um exame para Covid- 19. Em casa, o radialista voltou a passar mal com fortes dores no peito socorrido pela sua esposa e levado ao mesmo Hospital. Ele faleceu às 01h de um infarto fulminante.
Seu corpo foi velado nesta quarta-feira no Velório Municipal “Aldo Zara” e o seu féretro ocorreu às 17h para o Rosa Mística Crematório e Cemitério onde foi cremado.
Em Nota a Rádio Clube F< disse:
Votuporanga perde um de seus maiores comunicadores
Osmar Cunha nos deixou na madrugada desta quarta-feira, aos 51 anos, após sofrer infarto fulminante. É com profundo pesar que a Clube 92 FM comunica o falecimento do locutor e jornalista, Osmar Cunha, fenômeno de audiência nas manhãs da emissora.
Dotado de um carisma inigualável e alegria contagiante, Cunha, como era carinhosamente chamado por seus ouvintes, conduzia a programação com maestria, criatividade e muita motivação.
Admirado e respeitado também entre os profissionais da comunicação, Osmar Cunha nos deixa como exemplo, a perseverança, fé e o profissionalismo. Sua trajetória nesta emissora para sempre será lembrada.