Ex-presidente foi internado nesta terça-feira (16), em Brasília/DF, com quadro de vômitos, tontura e queda de pressão.
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta nesta quarta-feira (17.set) após ser internado em um hospital em Brasília/DF por ter uma crise de soluços e vômitos. Bolsonaro, que foi condenado na semana passada a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por golpe de Estado e outros quatro crimes, deve agora voltar à sua residência, onde cumpre uma prisão domiciliar preventiva desde agosto.
Bolsonaro deu entrada na emergência do Hospital DF Star na tarde desta terça-feira (16), com um quadro de “vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-sincope”, de acordo com o boletim médico divulgado pela equipe do médico Cláudio Birolini, que trata o ex-presidente.
Bolsonaro, ainda de acordo com boletins médicos, estava “desidratado, com elevação da frequência cardíaca e queda da pressão arterial”. Exames laboratoriais e de imagem mostraram persistência da anemia e alteração da função renal, com elevação da creatinina.
Os soluços e desconfortos do ex-presidente, bem como seus problemas intestinais derivados do atentado a faca que Bolsonaro sofreu em 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, devem ser usados por seus advogados para solicitar ao STF que sua pena, originalmente prevista para ser cumprida em regime fechado, continue a ser domiciliar.
Um aliado de Bolsonaro que o visitou recentemente na detenção domiciliar diz que a preocupação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é de que, caso Bolsonaro seja preso, não tenha a disciplina para tomar as medicações que permitem sua digestão. Hoje, afirma esse aliado sob reserva, Bolsonaro é assistido por Michelle e familiares para cumprir os horários das medicações.
Está é a segunda hospitalização de Bolsonaro em setembro e a terceira vez que o ex-presidente deixa a prisão domiciliar. Na semana passada, ele passou por um procedimento cirúrgico, também no DF Star, para remover lesões de pele. Ambas as visitas ao hospital foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).